Fundação educacional de paraisópolis
A Fundação Educacional de Paraisópolis inspira-se na Filosofia Humanística. Entenda-se por Filosofia Humanística o conjunto de ideias e valores universais arraigados no “Cérebro Ético” do ser humano. Alicerça-se em pilares do fazer educativo, que nortearão as estratégias educacionais da instituição.
Princípios Educacionais
Entendemos que uma instituição educativa deve trabalhar a formação do ser humano. Em outras palavras, dar suporte e conhecimento ao educando, dando-lhe autonomia de pensamento e de ação. Pois não se pode pensar em nenhum ser humano que não seja solicitado a refletir e a agir. Isso significa que todo ser humano tem, ou deveria ter uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral e política, e deveria atuar no sentido de manter ou modificar as maneiras de agir e pensar de seu tempo. A instituição educativa deve oferecer condições teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento da consciência crítica. O que, certamente, refletirá em belas práticas e ações sobre o mundo.
Ensinar toda uma gama de disciplinas, pouco ou nada adiantará, se estas não elevarem o educando à plenitude. Um trabalho educativo eficaz deve estar fundamentado na essência humana. Toda ação educativa deve voltar-se para estratégias que contribuam para o florescimento do potencial existente em cada educando, a fim de que sua ação no mundo seja sempre no sentido de respeitar a vida, conviver com a diversidade e vivenciar os valores que o tornam digno, estimado e que lhe assegure sustentabilidade.
MISSÃO
Promover a educação técnica profissional em nível de excelência, visando atender as demandas sociais e do mundo do trabalho tanto em nível médio como superior.
VISÃO
Consolidar-se como centro educacional de referência regional no estímulo ao desenvolvimento humano e tecnológico, sem perder de vista as necessidades da sociedade.
VALORES
Sustentabilidade, equilíbrio, persistência, organização, excelência, transparência e ética. Valores que sustentam outros, como empatia, solidariedade, compaixão, respeito, etc…, que por sua vez agregam a relação intrapessoal (Ser consigo mesmo), assegurando a saúde da vida interpessoal (Ser com os outros). O que sem dúvida refletirá na vida profissional do indivíduo (Homem operatur).

Aspectos Básicos da Educação Humanística
Educação Sistêmica
Considera o educando em todos os seus aspectos: físico, moral, ético, intelectual, emocional e espiritual, preparando-o para o equilíbrio intrapessoal e a realização do ser operatur. Pensar o indivíduo em sua essência é pensá-lo em sua complexidade sistêmica, num universo onde tudo se relaciona, numa estrada de mão dupla em que é influenciado e influência.
Educação Ética
Aponta o caminho da solidariedade, compreensão e prática da igualdade de direitos, deveres e oportunidades. Despertando para a prática da regra de ouro: − tratar o outro como gostaria de ser tratado. A alteridade é seu princípio fundamental: o respeito ao outro, comungando o espaço da existência. Raça, credo, cor, establishment, não contam nesta consideração, em que os valores humanísticos dão as regras.
Educação Política
Num sentido amplo, a política pode ser pensada como a arte de governar. Pode ser pensada ainda como a arte da articulação, para citar apenas estes dois conceitos em que ela procura se amparar. No sentido filosófico, em síntese, a política trata do cidadão da pólis (cidade grega), de seus plenos direitos e deveres. Pode significar amizade e respeito, e até mesmo virtude. Trata-se de ferramenta indispensável para a superação da consciência ingênua, e o desenvolvimento da consciência crítica. Sempre buscando a formação do cidadão consciente, ético e participativo.
Educação Social
Educar para o compromisso da construção de uma sociedade, onde a vivência dos valores humanísticos assegure justiça, direitos e oportunidades iguais, para a conquista da autonomia no pensar e no agir. A relação interpessoal é significativa para a convivência no espaço social, onde a diversidade é cada vez mais intensa com a globalização.
Educação Cultural
Desvelar as formas que se ocultam sob o convencionalismo, a alienação e a ideologia. Alargar a consciência crítica para o exercício da capacidade humana de se interrogar Há uma história nos acenando hoje. Somos frutos dos suores dos antepassados, do pioneirismo e da aventura. Da vocação para o emergir-se da “Caverna”, da coragem na trajetória dos descobrimentos. Somos herdeiros de saberes antigos. Reconhecemo-nos nos monumentos, nos artefatos, na arquitetura dos escravos. Somos práxis. Despertar o gosto pelas artes, pela cultura e pela ciência é compromisso de nossa instituição.
Educação Ambiental
Estimular a vivência dos valores humanísticos que despertam o interesse pela preservação da natureza e pelo desenvolvimento sustentável. Temas dos mais debatidos ao redor do mundo nas últimas décadas. Não há dúvida de que merece atenção e ações emergenciais, no sentido de resgatar o que já se perdeu e reciclar o que pode virar lixo. Nosso planeta transborda excessos e abusos, onde só uma educação baseada em princípios e valores humanísticos pode resgatar a esperança num mundo equilibrado, de oportunidade para todos.
Educação Vocacional
Oferecer condições teóricas para o enfrentamento. O que pressupõe escolha. Neste sentido a orientação vocacional, alicerçada na vivência de valores, será fundamental ao educando para o prosseguimento dos estudos que irão garantir-lhe um projeto de vida equilibrado e crítico, e que o conduzirá à realização profissional.
Educação Multidisciplinar
Em nosso mundo sistêmico, veloz e desafiador, a cada dia nossa inteligência é desafiada. Cada vez mais somos solicitados a incorporar novas tecnologias, sem as quais torna-se difícil dar conta das demandas que se acumulam no dia a dia da vida moderna, no exercício da profissão. Deste modo, o fazer pedagógico exige do educador mais que a ementa dos conteúdos a serem apresentados.
A metodologia de ensino moderno incorpora saberes e ferramentas avançadas, sem as quais ficamos para trás num contexto em que a velocidade do conhecimento nos surpreende a cada novo amanhecer. Não saber lidar com essas ferramentas é correr o risco de falharmos como educadores.
O bom médico é aquele que incorpora à profissão, conhecimentos que vão desde o domínio da informática à prática da meditação, e outros recursos que o auxiliam no tratamento de seus pacientes. De igual modo o bom motorista, o bom enfermeiro, para recorrer apenas a alguns exemplos, é aquele cuja formação se tece na multidisciplinariedade. A multidisciplinaridade é fundamental para uma formação profissional rica, alicerçada em cultura geral, dando lastro ao repertório de saberes.
Neste sentido nossa instituição abriga profissionais com conhecimento em yoga, meditação, medicina comportamental, mediunidade, filosofia, etc, Conhecimentos, cujos princípios básicos, orientamos que sejam repassados aos alunos e que, certamente, lhes enriquecerão a vida, individual e profissional.
A Escola oferece, fora da grade curricular, palestras e cursos de extensão ministrados por especialistas de diversas áreas do conhecimento, sempre com o objetivo de enriquecer a bagagem dos alunos, para além das disciplinas curriculares.
Educação Libertadora
“Onde não há visão, as pessoas perecem.” Prov. 29,18
A educação por si só é libertadora, amplia a visão das pessoas, assegurando a esperança, propiciando ferramentas para ir além de seus limites. Conduzir o educando para ser sujeito de sua história. Orientá-lo para o caminho do engrandecimento de si mesmo, de seu semelhante e do seu espaço. Sem perder de vista a essência, que desde sempre se encontra em seu Cérebro Ético, em sua raiz existencial, e que lhe dá discernimento. Despertá-lo e estimulá-lo para a vivência dos valores humanísticos, se faz imperativo para nossa instituição.
Orientar o educando para a prática da conquista, dos desejos elevados política e eticamente, de modo a lhe assegurar liberdade para concretizar seus mais nobres sonhos. Não é dividindo, mas, somando que se prospera que se consolida o humanismo, a sustentabilidade humana e a de nossa mãe Terra.
Pela vida: responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum.
Pela igualdade: igualdade na diversidade. “Vivenciar a “Regra de Ouro”: Não façamos ao outro, o que não queremos que façam a nós”.
Pelo equilíbrio: vivenciar os valores que sustentam o corpo e o espírito. Entender que nossas práticas e ações, devem se basear no respeito, no amor, na troca mútua do bem comum.
Pelo sujeito: superação da consciência ingênua, para dar lugar à consciência crítica, tornando-se sujeito da própria história.
Pelo livre pensar: estimular e acolher a manifestação dos sonhos e ideais.
Pela história: agir no dia a dia na construção da história pessoal, escolar e da sociedade.
Pelo conhecimento: buscar a excelência na construção do conhecimento, do gosto pela pesquisa científica, pelas humanidades.
Pela vida: responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum.
Pelo necessário: valorizar a essência. Privilegiar as necessidades fundamentais da pessoa humana. Andar de mãos dadas com a simplicidade.
Pela transformação: denunciar as estruturas que dividem, oprimem e confundem a sociedade.
“O homem não teceu a rede da vida, é apenas um dos fios dela. O que quer que ele faça à rede, fará a si mesmo.” (Chefe Seatlle)
Pondo Luz Sobre Alguns Conceitos
Cérebro ético
Tão logo os computadores e novos equipamentos foram se aperfeiçoando, os cientistas começaram a decifrar os movimentos do cérebro em funcionamento. Perceberam que para cada movimento, para cada pensamento, determinadas regiões do cérebro eram ativadas.
No início de suas experiências, orientavam seus pacientes a realizarem determinadas tarefas, com o objetivo de fazer um mapeamento cerebral. Sempre que vivenciavam, por exemplo, o afeto, um ato solidário, perdão, gratidão, dentre centenas desses valores, uma mesma região do córtex frontal era ativada. Denominaram essa região de “CEREBRO ÉTICO”.
Conclui-se dessas experiências que todas as pessoas, a não ser as que sofrem de algum distúrbio cerebral, possuem o Cérebro Ético. Cada um de nós tem em seu cérebro a noção exata dos valores humanísticos. Já nascemos com isso. Não se necessita de leis para a vivência dos valores. Tampouco de fundamentos religiosos, como podem pensar alguns. Isso faz parte do ser humano e é sua vivência que lhe assegura a sustentabilidade.
Parte de nossa natureza, esses valores estão ali por uma questão de sobrevivência. Durante centenas de milhares de anos o Homem foi aprendendo a vivenciar cada um desses valores, simplesmente porque se não o fizesse, sua vida estaria em risco. O carinho, o afeto, a coragem, a ousadia, a persistência, etc tornaram-se indispensáveis para que vencesse a luta pela vida. E talvez continuem tão ou mais necessários, devido à complexidade de nosso mundo atual, em que a sustentabilidade da vida do próprio homem e a de nosso planeta, anda cada vez mais ameaçada.
É imperativo, para nossa Fundação, despertar a vivência desses valores em nossos alunos. Pois é justamente o que lhes possibilitará a realização como pessoa, como profissional e como cidadão.
SUSTENTABILIDADE
Sustentabilidade é um conceito, infelizmente, em desagaste. Pouco se reflete sobre o que está em sua raiz. Sustentabilidade é sinônimo de equilíbrio. Ao aplicamos esse conceito à natureza, deduzimos que onde há equilíbrio, tudo se sustenta. Em sua ausência tudo escorrega para o precipício. Assim se dá com a natureza humana. Onde há equilíbrio, a prática reflete-se em bonitos compromissos. Sua ausência, entretanto, abre caminhos para abusos, apropriações indébitas, devastações irreversíveis, desrespeito, sob o impositivo do autoritarismo que semeia caos. O Homem, este ser complexo, deve se manter em pleno equilíbrio: físico, emocional, intelectual, moral e ético, entre tantos outros. Ou seja, aspectos que se entrelaçam formando um ser sistêmico. Quando um desses aspectos sai do eixo, o equilíbrio fatalmente fica comprometido.
EQUILIBRIO INTRAPESSOAL
Antes de relacionar-se com o mundo, com outras pessoas e outros seres, você se relaciona consigo mesmo. Deste modo, tudo funcionará bem se você estiver bem consigo mesmo, conhecendo-se e reconhecendo-se como gerente de suas emoções. Saber como funciona seu organismo, ter autocontrole sobre seus atos e pensamentos, é fundamental para a saúde da convivência.
Despertar o Cérebro Ético, sem dúvida, é o caminho seguro para se atingir o autodomínio, o autocontrole, base indispensável para se chegar ao equilíbrio tão necessário às decisões a serem tomadas vida afora.
A vivência de valores humanísticos como: otimismo, humor, persistência, ousadia, afeto, perdão, gratidão, alegria, humildade, disciplina, dentre outros, asfaltam o caminho para o equilíbrio intrapessoal, ambiente propício em que, ao transformar o cotidiano em que vive, o indivíduo transforma-se a si mesmo.
SER INTERPESSOAL – VOCÊ COM OS OUTROS
Vivemos entre a transcendência e a imanência. Convivemos com pessoas, animais e plantas. Convivemos com lugares afetivos, como nossa casa, por exemplo. Tornamo-nos a cada dia, mais e mais dependentes de computador, celular, carro etc, num mundo de fetiches, em que é cada vez mais urgente nos alicerçarmos no equilíbrio.
Há coisas que estão sob nosso controle, e outras, fora dele. Este entendimento é fundamental para nos mantermos em equilíbrio, conscientes nas ações e práticas que nos solicitam a todo o momento. Só a vivência de valores humanísticos, como já se disse, sustenta nosso caminhar pela vida, superando revezes, reinventando a complexidade da existência
HOMEM OPERATUR
Passamos a vida “operando”, realizando coisas. Estamos sempre em construção e desconstrução. Somos necessários para que a vida seja dialética e dinâmica, não estanque na mesmice. Para que a ferrugem não se torne protagonista. A doméstica, que cuida da casa, o operário no chão de uma fábrica, o alto executivo de uma empresa… Todos executam tarefas transformadoras para que o mundo permaneça no milagre do funcionamento. Quanto mais conscientes do papel que exercemos, tanto mais excelente será nosso trabalho. O equilíbrio e a dedicação são ingredientes que asseguram e sustentam a esperança.
O presente, aprendemos a fazê-lo e sustentá-lo com nossos próprios suores. O futuro é filho da práxis, cabe a nós, como um artista do barro, moldá-lo a nosso favor. O passado, seja lá como for, é professor.